Reabilitação urbana
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O termo reabilitação, quando aplicado à construção civil, refere-se às intervenções necessárias num edifício ou propriedade, implicando extensas obras de beneficiação, visando aumentar a vida útil do imóvel e o seu valor económico, melhorar a qualidade de vida dos habitantes e implementar boas medidas de eficiência energética.

Pode involver a execução de instalações e sistemas de serviços, acessos, iluminação natural, equipamento e acabamentos aproveitando apenas os toscos do edifício antigo, preservando, ao mesmo tempo, as partes ou características que transmitem os seus valores histórico, cultural e arquitectónico.

Reabilitação urbana implica esforço colectivo

A reabilitação urbana apresenta-se actualmente como uma prioridade nacional, e uma oportunidade de intervenção activa para a revitalização das cidades e melhoria do desempenho energético-ambiental do meio edificado.

As nossas cidades vão assistindo à degradação progressiva das suas estruturas urbanas, dos seus edifícios, dos seus espaços exteriores. Uma degradação decorrente do envelhecimento próprio, da sobrecarga de usos, ou ainda do desajustamento dos desenhos da sua organização a novos modos de vida. Por isso, torna-se imprescindível o desenvolvimento de processos de reabilitação urbana integrada, racionalizando recursos e evitando intervenções dispersas que possam revelar-se contraditórias.

Também importantes são as intervenções pontuais, na reabilitação de edifícios de habitação ou de fogos, em que as mais diversas entidades particulares se empenhem. A verdadeira reabilitação não poderá realizar-se sem a participação activa e financeira dos particulares, numa perspectiva de sustentabilidade dos processos.

Desígnio nacional

Em 29 de Junho de 2006, na conferência de apresentação do Novo Regime de Reabilitação Urbana, organizada pelo LNEC, em Lisboa, o Dr. Carlos Lobo, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, referiu o seguinte:

"A reabilitação urbana é um desígnio nacional. Durante décadas, deixou-se degradar em Portugal grande parte do nosso património edificado. As barreiras jurídicas desproporcionadas a um conceito social de propriedade, os desequilíbrios legislativos propiciadores de medidas redistributivas a curto prazo, mas com inegáveis efeitos nocivos a longo prazo, a subsidiação da expansão urbana, por via de instrumentos de gestão territorial desproporcionados, a desadequação da legislação generalizadora à especificidade da reabilitação, bem como os enormes prazos de licenciamento que daí decorriam, constituíram alguns dos factores que criaram um desequilíbrio económico em desfavor da reabilitação do património edificado.

Nestas condições, assistimos a uma degradação das condições de vida nos centros históricos, que conduziu a uma desertificação significativa dos mesmos, com os inevitáveis custos económicos, ambientais e sociais. Esta situação é tanto mais dramática quando, num Mundo globalizado, uma das principais fontes de riqueza se reconduz à singularidade cultural, que tem como uma das mais ricas manifestações o património histórico edificado."

Na mesma conferência, o Engº Nunes Correia, Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, descreveu a importância da reabilitação urbana:

"A urgência da reabilitação urbana é hoje consensual em Portugal. Por um lado, a degradação física dos edifícios traduz-se em condições de conforto e de habitabilidade inaceitáveis para os ocupantes, muitas vezes famílias ou indivíduos que pertencem a segmentos vulneráveis da nossa sociedade. Por outro lado, a degradação do edificado afecta a qualidade do tecido urbano, influenciando negativamente a imagem, a vitalidade, a competitividade e a atractividade das nossas cidades.

Essa degradação, de um modo geral concentrada nos bairros mais antigos das cidades, é um entrave à urgente necessidade de evoluirmos para cidades mais compactas, mais funcionais e energeticamente mais eficientes, em que as edificações e as zonas mais antigas sejam encaradas como património que se impõe preservar e transmitir às gerações futuras.

Mas para além de todas estas boas razões, a reabilitação urbana é também uma actividade significativamente geradora de emprego, forte dinamizadora da economia e com elevadíssimos valores de incorporação nacional, que ainda por cima proporciona um desenvolvimento de novas competências viradas para o futuro, nomeadamente nas áreas da eficiência energética ou da construção sustentável."

A reabilitação e a sustentabilidade

Construir edifícios eficientes é importante. Mas mais importante é reabilitar os que já existem, melhorando a sua eficiência. Esta é uma das melhores formas de promover o desenvolvimento sustentável no mercado habitacional, reduzindo a pegada ecológica do país.

Em Portugal, a maior parte dos edifícios necessários já estão construídos. De acordo com algumas estatísticas, afirma-se que um milhão de edifícios foram construídos antes de 1945. Assim, reabilitar edifícios antigos significa preservar uma grande parte dos elementos construídos, reduzindo a quantidade de demolições necessárias e das correspondentes reconstruções. Reabilitar significa consumir menores quantidades de energia na produção e aplicação de produtos de construção, reduzir as emissões de CO2 e limitar as quantidades de produtos de demolição a remover e destruir.

O LSF é a melhor solução para reabilitar

Apesar de ser usado em todo o mundo para a construção residencial de raiz, o baixo peso do aço e dos restantes materiais usados no Light Steel Framing, tornam este método construtivo ideal para remodelar edifícios antigos. Esta é uma das características que permitem classificar o LSF entre a chamada construção sustentável ou "green building".

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