Reportagem sobre a Dosmontes
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De frequência bimestral, a revista País Positivo é uma publicação editada pela empresa de comunicação Publicações Directas, S.A., que visa apresentar as potencialidades do tecido empresarial no futuro de Portugal, e é distribuída juntamente com o jornal Público.

No dia 4 de Dezembro de 2009, nas páginas 50 a 65, a revista publicou um dossier que analisava as diversas soluções na área da Construção e Reabilitação Urbana. O engenheiro Francisco Vilhena, gerente da Dosmontes, foi entrevistado pela publicação. Deixamos abaixo o conteúdo do artigo:

Reportagem sobre a Dosmontes

Dosmontes - Construção promove

A eficácia do método construtivo

Se pretende uma habitação termicamente confortável, com um gasto reduzido de energia no seu acondicionamento, precisa de apostar num bom isolamento térmico. É esta a proposta colocada aos seus clientes pela Dosmontes Construção. Vivemos num país com um clima ameno, onde por despreocupação, tanto em temperatura como em humidade, se vive em casas extremamente agrestes. Esse desleixo nos objectivos deve ser resolvido pelos próprios habitantes na hora de comprar ou renovar a sua casa.

«Um mundo novo» na era da construção contemporânea onde existem, cada vez mais, players de prestígio e reconhecimento. A Dosmontes Construção edifica e representa esse paradigma na sua plenitude, através da conjugação de materiais adequados ao desempenho de cada função. Falamos de casas em estrutura metálica ligeira, LSF ou Light Steel Framing.

A Revista País Positivo conversou com Francisco Vilhena, administrador da Dosmontes Construção, que nos revelou as mais-valias para o edificado nacional ao apostar em produtos ambientalmente mais responsáveis e que proporcionam mais conforto e qualidade de vida nas habitações. A “Crise”, a sua componente no imobiliário, a necessidade de reflectir sobre os erros do passado e de os corrigir, dá-nos a melhor oportunidade de alterar para o rumo certo, promovendo a mudança de mentalidades. “Vivemos actualmente num período único para que essa mudança ocorra na vertente da construção. Está claramente definida como uma necessidade, a redução do consumo de energia, esta levou à introdução da certificação energética dos edifícios, que obriga a utilização de isolamentos eficazes, com a sua verificação real após a construção, e não só no projecto. Sempre foi a nossa aposta desde há dez anos, e este ano tem sido para a Dosmontes elucidativo de que as mentalidades se começam a abrir, estando mais receptivas ao resultado final, e não mais ao orçamento sem especificações de materiais, ou cumprimento prático de regras de isolamento térmico. É um exemplo que vem contrariar a crise sentida no sector da construção”, assevera o nosso entrevistado.

Gaiola Pombalina

Após o terramoto de Lisboa em 1755, o Marquês de Pombal reuniu os melhores técnicos, para conseguir compreender quais eram as estruturas mais correctas para proceder à reconstrução da cidade. A «Gaiola Pombalina» foi a estrutura escolhida. Também a Dosmontes - Construção a escolheu, adaptando e melhorando, com a utilização na estrutura de perfis ligeiros em aço galvanizado. As vantagens passam pela leveza da construção, permitindo substituir integralmente a estrutura de um telhado, proporcionando através da superior resistência do aço, uma reconfiguração da estrutura, o que pode proporcionar a utilização integral do espaço em desvão. Lajes de piso em barrotes de madeira apodrecida, são rapidamente substituídos pelo aço, material que não é atacado por qualquer bicho da madeira Dai a elevar mais um piso, só requer que a estrutura existente o comporte, na maioria das vezes sem a necessidade de reforços significativos ao nível dos pisos abaixo, limitando se ao cintar de todo o perímetro, onde se descarregam uniformemente, os esforços sobre as paredes-mestras, tal como o preconizavam os técnicos do Marquês.

Os materiais

Quanto a estrutura sobre uma laje ou cave em betão, “acima do nível do solo empregamos exclusivamente o aço. Perfis ligeiros em aço galvanizado, aparafusados entre si e à laje, garantem uma estrutura resistente teve e flexível, apostamos na flexibilidade e leveza, porque o peso e a inércia não são necessários, ainda menos durante um sismo. Se o aço é o material com as melhores relações resistência/peso e resistência/preço, não poderíamos encontrar melhor solução”, realça Francisco Vilhena. Para revestir a estrutura metálica do tipo gaiola, é empregue, nas paredes pelo exterior, sobre as lajes de piso e na cobertura, placas de OSB. Este material compósito é um aglomerado estrutural de aparas longas de madeira, entrelaçadas de modo a fornecerem às placas de grandes dimensões a resistência necessária ao travamento da estrutura, e suporte das cargas exercidas nas lajes de piso e cobertura. “No revestimento das paredes e tectos pelo lado interior aplicamos geralmente placas de gesso cartonado, vulgarmente chamado Pladur” indica o entrevistado. O melhor acabamento exterior, é o reboco térmico exterior, vulgarmente conhecido como sistema Cappotto, ETICS ou EIFS, que consiste na aplicação do isolamento térmico contínuo pelo exterior, poliestireno ou aglomerado negro de cortiça, protegido e reforçado com uma massa adesiva armada com rede de fibra de vidro. A superfície é acabada com um revestimento final contínuo, que lhe confere a protecção e decoração final duradoura, sem fissuração e de baixa manutenção protegendo assim toda a estrutura, revestimentos e consequentemente os seus habitantes.

As paredes e lajes em perfis de estrutura metálica estão “abertas” durante a construção. Dado que os perfis são perfurados, há todo um espaço disponível para a infra-estruturação. As canalizações, de electricidade e comunicações, passam livremente dentro das paredes antes de estas serem revestidas. O espaço dentro das paredes, após infra-estruturadas, é totalmente preenchido com lã mineral, material isolante térmico e acústico. As espessuras de isolamento com lã, serão vulgarmente de 120, 90 e 60 milímetros nas paredes exteriores, interiores, lajes e tectos.

Construir com esta conjugação de materiais, cada um desempenhando a sua função: resistente, isolante, impermeabilizante e de acabamento, torna-se mais simples, rápido e eficiente. O processo de montagem, exige um rigor muito apertado, mas porque não há tempos de secagem, que os perfis são rápida ou até previamente cortados à dimensão pretendida, e que cada placa reveste rapidamente cerca de três metros quadrados, a junção de todos estes elementos pode ser feito com uma rapidez surpreendente.

A responsabilidade dos profissionais do sector

A terminar, o nosso entrevistado deixou uma mensagem explícita a todos os intervenientes no ramo da construção, lembrando que antes de mais é necessário que os técnicos se informem e conheçam estes processos e materiais para depois os utilizar, assegurando que os “técnicos que nunca considerem para alguns projectos de construção ou reabilitação, estes dois sistemas - LSF ou Cappotto, em conjunto ou separados, não estarão certamente a empregar as melhores práticas e materiais actualmente disponíveis. A eficiência energética de um edifício deve ser avaliada desde o seu início considerando o próprio processo construtivo. A eficácia do método construtivo deve ser considerada em muitos aspectos e relações, tais como: resistência/peso, resistência/preço, reutilização e sustentabilidade dos materiais empregues, desperdícios gerados, rapidez dos trabalhos e durabilidade da intervenção. Os métodos tradicionais ficam muito aquém do desejado em todos estes aspectos, justificando se apenas esta situação por questões de inércia e incapacidade para se alterar o que está instituído”, afirma, deixando uma questão bastante pertinente. “A mão-de-obra pouco qualificada intrínseca à construção é um dos mais fortes argumentos, mas não será ainda maior a responsabilidade dos técnicos a montante, com as opções construtivas tomadas? Mais eficaz e objectivo do que apregoar a razão ou necessidade para mudar é dar o sentido para onde, como mudar, assim como as razões para esta ser uma melhor solução”, conclui o nosso entrevistado.

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