Placas estruturais
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Neste site, a expressão placas estruturais refere-se a painéis que possuem características que lhes permitem conferir rigidez à estrutura do edifício, resistindo às cargas e às acções previstas. São, portanto, o revestimento estrutural do edifício. Usualmente, estas placas são aparafusadas à estrutura das paredes, pisos e coberturas, constituindo um diafragma estrutural. As suas características mecânicas, espessuras e espaçamento dos parafusos que as fixam aos elementos metálicos são definidas por cálculo de engenharia, segundo o determinado pela legislação, nomeadamente no EC5.

Além da função de contraventar a estrutura metálica, estas placas servem também de revestimento do esqueleto do edifício, fornecendo suporte para os posteriores materiais de acabamento exterior, tal como o sistema ETICS. Pelo interior, fecham a cavidade entre perfis, espaço onde são colocados os materiais de isolamento térmico e acústico.

Usualmente, as placas estruturais formam um diafragma pelo exterior, sendo aparafusadas à aba externa dos perfis e vigas. Pelo interior, estes elementos metálicos costumam ser revestidos por placas não estruturais, tal como o gesso laminado. No entanto, por vezes estas placas são colocadas pelo interior quando se pretende criar uma superfície que permita, posteriormente, fixar objectos pesados, tais como o mobiliário de cozinha.

Tipos de placas

Existem diversos tipos de placas que podem ser usadas para as funções acima descritas. O contraplacado marítimo, conhecido nos EUA por plywood, tem sido usado já por muitos anos. Painéis ISOLPRO® e Placas cimentícias, tais como as da marca VIROC®, também costumam ser aplicadas. Placas de gesso laminado para fins estruturais são outra opção, nomeadamente as placas Glasroc® X Load Bearing. Ao longo dos últimos anos, as placas OSB têm vindo a ser preferidas pela maioria dos construtores devido à sua versatilidade, excelente comportamento térmico, fácil aplicação, sustentabilidade e preço competitivo. Lembramos, no entanto que nem todas as marcas ou classes de OSB são adequadas aos fins estruturais necessários num edifício.

Mesmo que se apliquem placas com boa resistência mecânica, o engenheiro poderá decidir recorrer a uma solução mista, aplicando também elementos metálicos de reforço, tal como o X-bracing.

Revestimento vs. Revestimento estrutural

Existe uma diferença substancial entre o mero revestimento dos elementos estruturais e o revestimento que realmente contribui para o desempenho estrutural do edifício. Usualmente, o revestimento dos banzos ou abas dos perfis metálicos, pelo lado interior do edifício, tem apenas a função estética de garantir uma superfície uniforme e de agradável aspecto visual e decorativo. Poderá haver casos em que uma placa com funções estruturais cumpra também funções decorativas. No entanto, essas situações são raras e deverão ser cuidadosamente estudadas.

Requisitos mínimos

Em face da importância do revestimento estrutural, a Futureng recomenda extremo cuidado na escolha, manuseamento e aplicação das placas de revestimento estrutural. Visto que este revestimento é considerado parte integrante da estrutura e desempenha funções de grande importância no seu desempenho, as características destas placas estão sujeitas à legislação prevista nos Eurocódigos, tal como acontece com o aço galvanizado. Por exemplo, as placas OSB podem ser usadas para diversos fins, daí que haja necessidade de verificar se as que o construtor pretende aplicar se adequam às exigências estruturais a que serão sujeitas.

De acordo com a NP EN 300, a norma que estabelece as características necessárias para a selecção das placas estruturais, estes são os requisitos mínimos exigidos:

NP EN 300
Espessuras 11 a 17 mm 18 a 25 mm
Classe de serviço 3
Resistência
Flexão longitudinal 20 N/mm2 18 N/mm2
Flexão transversal 10 N/mm2 9 N/mm2
Tracção perpendicular às faces da placa 0,32 N/mm2 0,30 N/mm2
Módulo de elasticidade
Longitudinal 3500 N/mm2
Transversal 1400 N/mm2
Percentagem de inchamento máximo 24 h ≤ 15 %

Outras considerações importantes

Não basta escolher uma determinada placa estrutural para garantir que a estrutura se encontra devidamente travada. A dimensão das placas, a sua espessura, o encaixe ou junta entre elas, bem como o sentido em que são colocadas, devem ser definidos por projecto de engenharia. O mesmo acontece com o tipo, comprimento e diâmetro dos parafusos, bem como a sua quantidade e espaçamento.

Ausência de revestimento estrutural

A estrutura metálica de um edifício LSF pode não receber um revestimento estrutural. Por exemplo, isso pode acontecer quando a estrutura é posteriormente revestida com um pano de alvenaria exterior. No entanto, sempre que se dispensam as placas estruturais, o contraventamento e esquadria da estrutura tem de ser assegurada pela aplicação de outros elementos estruturais, tais como perfis horizontais de travamento ou cintas cruzadas.

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