O processo mais simples de construir com o sistema LSF é a montagem da estrutura peça por peça no próprio local da obra. Os perfis ou vigas estruturais são transportados e colocados directamente no estaleiro e, se necessário, são ali cortados à medida. No caso das paredes estruturais, por exemplo, os perfis montantes são aparafusados aos canais de topo e de base a distâncias regulares. Esta montagem é efectuada no chão ou sobre uma bancada. Depois de se completar a fixação, estas paredes, ou segmentos, são erguidas à mão para a sua posição definitiva. Nos pisos superiores, os perfis são colocados sobre a nova laje e o processo construtivo das paredes repete-se.
Painelização e construção modular
No entanto, existem outros processos de construir paredes, pisos ou asnas de cobertura. Entre eles estão a painelização e a construção modular. No primeiro caso, os perfis ou vigas são conectados em fábrica formando painéis que são posteriormente transportados para o local. No caso da construção modular, estes painéis são interconectados em fábrica e, ainda ali, são providos das instalações necessárias e revestidos, formando um módulo que constitui uma divisão da casa. Os módulos são então transportados e montados no local.
A painelização, tal como a construção modular, permitem construir com elevado rigor, em menos tempo, com custos mais acessíveis e controlados e com menor impacto no ambiente e na vizinhança durante o tempo da construção. Visto que são um processo industrializado, que normalmente implicam montagem em fábrica e transporte, os materiais que constituem a estrutura deverão ser resistentes mas leves. Nesse aspecto, nenhum outro material é tão adequado quanto os perfis de aço galvanizado enformados a frio. As estruturas ligeiras que usam estes perfis constituem o que se designa por Light Steel Framing.
- Sobre construir em módulos obtenha mais informação no artigo: Construção modular
Painelização
Assim, o termo painelização costuma designar o processo em que as paredes ou pisos são fabricados em fábrica e posteriormente transportados até ao local da obra, sendo então erigidos e conectados a outros painéis. Por vezes, estes painéis são revestidos com placas estruturais ainda em fábrica. Visto que os painéis têm de ser manuseados em fábrica, armazenados, transportados e finalmente erguidos, o método de fixação e travamento tem de ser estudado previamente para evitar deformação ou desagregação das peças. Usualmente, a engenharia tem de ser adaptada para garantir solidez nos diversos pontos onde os painéis são conectados aos adjacentes. Isso é especialmente importante se os painéis já vierem revestidos visto que, nesse caso, o revestimento estrutural não é contínuo.
A painelização elimina os desperdícios de material ao passo que permite acelerar o processo construtivo, garantindo que elementos externos, tais como o clima, tenham pouco impacto avanço dos trabalhos. No entanto, na execução de um único edifício, as vantagens referidas não são tão significativas, visto que implicam a existência de instalações fabris, armazenagem e, por vezes, métodos especiais de transporte e elevação. Devido a isso, é um processo especialmente indicado para a construção industrializada e massificada, quando se pretende construir dezenas ou centenas de edifícios de arquitectura similar.
Construtores
Apesar de ainda não ser uma prática comum em Portugal, alguns construtores têm recorrido à painelização e à construção modular. Deixamos aqui alguns dos que estão alistados nas nossas páginas:
Exemplo
Deixamos abaixo um breve vídeo que ilustra bem a rapidez de montagem de uma estrutura LSF. Trata-se da montagem de uma moradia, recorrendo ao processo de painelização, usando a perfilaria e tecnologia da USG Framing, uma divisão da empresa americana USG. Esta empresa, fundada em 1902, é um dos maiores fabricantes mundiais de gesso laminado e respectivos acessórios.
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