Reportagem sobre a Gestedi
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O Primeiro de Janeiro, um dos mais antigos jornais diários portugueses, já com mais de 135 anos, publicou na sua edição de 23 de Janeiro de 2005 um dossier destacável dedicado à reabilitação e recuperação de edifícios. Em face das inúmeras vantagens do LSF nesta área, a maioria das empresas construtoras, desde o Algarve a Braga, foram objecto de extensos artigos.

Reportagem sobre a Gestedi

Gestedi
A construção do futuro

"A Gestedi é uma das poucas empresas em Portugal a trabalhar com um novo método construtivo através de estruturas em aço galvanizado leve. Nasceu há cinco anos por via de um franchising que não resultou e colabora com a Futureng, tendo no entanto uma estrutura autónoma e uma filosofia de trabalho própria, liderada pelo seu responsável António Santos, que iniciou um processo de investigação e formação nos Estados Unidos, onde a técnica se encontra muito desenvolvida."

Imediatamente a seguir à segunda Guerra Mundial, a Europa teve necessidade de reabilitar toda a estrutura, destruída pelos anos de guerra. Para isso teve que avançar para um modelo de construção económico, que pudesse dar resposta às necessidades da época. O tijolo e o cimento nascem desses condicionalismos e da necessidade de edificar o mais rápido possível, a preços baixos, um continente destruído. “O conforto e o bem-estar não foram, obviamente, tidos em conta, na altura”, explica António Santos. “Hoje com os avanços tecnológicos e com os estudos realizados chega-se, no entanto, rapidamente à conclusão que a construção em aço é muito mais vantajosa do que a construção tradicional. Desde logo convém realçar que o tijolo não é um material estrutural. Ocupa muito espaço, é muito pesado, é condutor térmico, mas na altura desempenhou a função a que tinha sido proposto, mediante a realidade existente”. Nos Estados Unidos, em África, na China e nos países nórdicos a realidade é diferente, diz “o tijolo nunca foi usado em construções. Até porque o tijolo sempre foi uma solução de construção provisória, ao contrário do betão que tem capacidade estrutural”.

Hoje, à luz da investigação tecnológica, os profissionais do sector da construção acreditam que a investigação é muito mais eficaz, dando azo à entrada no mercado de novos métodos construtivos, que têm na construção em aço galvanizado leve o seu maior desafio, apresentando-se ao mercado como a mais competitiva alternativa à construção tradicional.

Apesar de ser um método de construção usual em vários países do mundo, em Portugal começa agora a dar os primeiros passos e a conquistar a sua quota de mercado na construção. Estão a ser dados passos pequenos, explica o responsável pela Gestedi, “porque não se mudam mentalidades em dias ou em poucos anos. É uma questão de fundo, que necessita de ser planeada, desde logo, nas universidades. As grandes empresas existentes no mercado ainda não estão preparadas para mudar a sua estrutura e os seus métodos de trabalho. As cadeiras de estrutura metálica nas universidades começaram a ser obrigatórias apenas há quatro anos atrás. Estamos agora a tentar acompanhar países, que já trabalham com este método construtivo há pelo menos três décadas”.

À semelhança de outras áreas, também na construção a investigação e a inovação tecnológica começa a apresentar resultados e novas soluções no mercado. Em Portugal, tal como em alguns países europeus, a tipificação construtiva encontra-se muito enraizada e o betão e o tijolo assumem ainda o papel principal. António Santos acredita que é necessário mudar os métodos construtivos no País. Profundo conhecedor das potencialidades da construção com estruturas de aço galvanizado leve, o responsável da Gestedi não se cansa de realçar as vantagens que o aço tem numa construção, onde se pretende privilegiar o conforto. “Estudos científicos provam que a construção, reabilitação e recuperação de edifícios em aço galvanizado leve tem uma durabilidade substancialmente maior do que a construção tradicional, revestimentos resistentes à temperatura, ao ruído e aos agentes naturais. Não se compreende como se continua a construir em Portugal com tijolo, um material que não deve ter lugar numa construção, que é perfeitamente dispensável e substituível. O aço é um material muito mais maleável, perfeitamente adaptado a todas os condicionalismos. Quando uma estrutura é abalada está perfeitamente sustentada pelas outras, sendo a estrutura ideal para responder a alterações sismológicas, por exemplo”, explica.

Nova mentalidade

A construção em aço galvanizado apresenta-se ao mercado como a construção do futuro, que promete revolucionar conceitos e métodos de trabalho nas construções em Portugal. Algumas empresas começam já a apostar neste método de construção, mas António Santos acredita que “será necessário percorrer um longo caminho para haver uma evolução de mentalidades”. A questão da formação assume aqui um papel fundamental e o principal impulsionador desta evolução construtiva. “O País necessita de uma formação de base, mais engenheiros, para colocar no mercado e mais projectistas. Pessoas esclarecidas que saibam explorar da melhor forma as potencialidades deste método de construção e das multi-aplicações que o aço pode ter na construção e reabilitação de edifícios. Só com mais projectistas no mercado será possível desenvolver a construção em aço”.

Na área da formação a North American Steel Framing Alliance e a Light Steel Construction Association (LSK), da qual António Santos é vice-presidente têm desempenhado um papel fundamental no esclarecimento e formação dos profissionais da construção. “Todos os interessados em conhecer profundamente as potencialidades deste material podem pedir informações a estas associações que, frequentemente, promovem acções de formação e estão empenhadas em prestar detalhadamente todos os esclarecimentos necessários”.
Com uma aplicabilidade sem limites a construção em aço galvanizado leve é, de acordo com António Santos, perfeitamente “adaptável a todo o tipo de construções e a qualquer projecto arquitectónico, representando toda a sua estrutura apenas dez por cento do total da obra”.

Em termos económicos o responsável da empresa explica que os cálculos são claros e precisos. “Existe um binário inverso que relaciona inversamente a mão de obra e os materiais entre os tipos de construção, isto é, explica a relação entre mão de obra e os materiais aplicados nas obras, em que a percentagem de mão de obra na construção tradicional é maior que na construção em aço leve e da mesma forma a percentagem de custos de materiais aplicados é maior na construção em aço e menor na construção tradicional. Portanto, o cliente quer comprar mais tecnologia ou comprar mais mão de obra? O cliente, construindo o seu projecto em aço, está a apostar essencialmente nos materiais e na sua qualidade” dando garantias de segurança e conforto “que uma construção em tijolo e betão não tem, possibilitando ainda a conclusão da obra num espaço de tempo mais reduzido”.

A questão térmica assume nesta área um factor de decisão que poderá ser importante, porque o especialista em construção em aço garante que este novo método de construção garante um corte térmico natural, que permite conservar a temperatura interior ideal.

Reabilitação

O aço tem vindo a ganhar adeptos como material de eleição de construção, mas sobretudo de reabilitação, conseguindo dar resposta a algumas situações de difícil resolução com a construção tradicional, que requer uma estrutura muito mais pesada.

O trabalho de reabilitação feito com aço galvanizado leve tem uma filosofia muito própria. Todas os restauros são iniciados de cima para baixo, com um projecto com estabilidade, que vai salvaguardar toda a estrutura do edifício. “Não necessitamos de fundações, porque vamos vencer a inércia dos nossos pisos nas paredes grossas dos edifícios”, explica António Santos, “sendo possível em muitos casos aumentar o espaço interior do edifício. Uma das grandes vantagens do aço, ao contrário do betão e do tijolo, é que tem memória e ao receber uma carga horizontal ou vertical repõe a posição inicial sem fissurar. No fundo, estamos a agarrar as paredes antigas, como se de uma “gaiola” de aços se tratasse, que é metida dentro das paredes existentes e que vai, também, agarrá-las”.

António Santos acredita que o papel do tijolo na construção está perfeitamente ultrapassado, mas acredita numa solução mista entre o aço e o betão, solução adoptada por muitos construtores. A introdução da construção em aço veio para ficar e as suas vantagens parecem conquistar cada vez mais interessados. As características do aço, a resistência, o fácil manuseamento e a capacidade de permitir a colocação de outros materiais no intervalo das peças, nomeadamente a lã de rocha, que vai resolver o problema do som e do fogo, são algumas das vantagens deste método construtivo que promete ser a construção do futuro.

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