A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela acção química ou electroquímica do ambiente, podendo, ou não, estar associado a esforços mecânicos. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais, sejam metálicos, como o aço, ou não metálicos, como plásticos, cerâmica ou betão. Dependendo do tipo de acção do meio corrosivo sobre o material, todos estes processos podem ser classificados em dois grandes grupos: a Corrosão Electroquímica e a Corrosão Química.
Corrosão Electroquímica
O processo de corrosão electroquímica é o mais frequente na natureza e caracteriza-se pela presença obrigatória de água no estado líquido à temperatura ambiente. Devido a isto, é também denominado corrosão em meio aquoso. No processo de corrosão, os metais reagem com elementos não metálicos presentes no ambiente, tal como oxigénio, enxofre, dióxido de carbono, entre outros, produzindo compostos semelhantes aos encontrados na natureza e dos quais foram extraídos. Conclui-se assim que a corrosão corresponde à regressão ao estado natural, ou seja, ao inverter dos processos metalúrgicos.
Existem ainda outros processos de deterioração de materiais que não se enquadram na definição de corrosão. Um deles é o desgaste devido à erosão, que remove mecanicamente partículas do material. Embora esta perda de material seja gradual e decorrente da acção do meio, tem-se um processo eminentemente físico e não químico ou electroquímico.
Corrosão nos metais
O ferro é o único metal que sofre corrosão? A resposta é não. Outros metais e ligas também sofrem o mesmo processo de oxidação, sendo até mais reactivos do que o ferro. Então, porque são considerados mais resistentes à corrosão? Vejamos o alumínio, por exemplo. Em contacto com o ar e a água, a zona exposta reage rapidamente formando óxidos que produzem uma película superficial (patina) isolando o restante metal do ar atmosférico, ou seja, os produtos da corrosão inicial recobrem a superfície, evitando que a corrosão continue. Este processo é conhecido por protecção galvânica ou sacrificial.
Metais como o zinco, chumbo, níquel e magnésio apresentam resistência à corrosão devido ao mesmo mecanismo que ocorre com o alumínio. No ferro, pelo contrário, os produtos da corrosão (que constituem o que popularmente se chama de ferrugem) são solúveis em água e pouco aderentes à superfície do metal, o que permite que o processo de corrosão prossiga até danificar completamente o material. Outros metais como o cobre, crómio, titânio e cobalto são resistentes à corrosão devido à baixa reactividade que possuem.
Embora os metais apresentem semelhanças de comportamento em certos aspectos, em muitos outros mostram diferenças acentuadas. O metal sódio manifesta tendência muito maior para reagir com o oxigénio do que o ferro. Logo que é colocado em contacto com o ar altera-se e por isso é armazenado imerso em querosene. O magnésio queima rapidamente, libertando luz e calor. Já o ouro pode permanecer por longo tempo em contacto com o ar sem que se perceba nenhuma alteração no seu brilho, resistência e durabilidade. Daí o ser usado na confecção de jóias e em obturações dentárias. Os metais costumam ser ordenados segundo a tendência para reagir com o oxigénio. O sódio é mais reactivo do que o magnésio, este mais do que o ferro e este mais ainda do que o ouro.
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